Projeto CT monitora expansão, evasão e o consumo de energia fotovoltaica

Equipe do professor Júlio Cesar Mairesse Siluk reunidos na reitoria

O projeto “Modelagem para a previsão e monitoramento da evasão de unidades consumidoras, devido à expansão da geração distribuída fotovoltaica”, é projetado e desenvolvido pelo professor Dr. Júlio Cezar Mairesse Siluk do Centro de Tecnologia – CT da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.

O estudo tem o objetivo de desenvolver um sistema através de uma modelagem de um algoritmo para monitoramento e análise preditiva da evasão do mercado cativo de unidades consumidoras e seus impactos econômico-financeiros, decorrentes da expansão da geração distribuída fotovoltaica nas concessionárias de energia elétrica.

Como justificativa o professor Júlio considera que a micro e minigeração distribuída é um direito do consumidor e que a mesma é fortemente influenciada pelas diretrizes regulatórias e eventuais políticas de incentivos, e torna-se necessário avaliar e prever o potencial de evasão de consumidores do mercado cativo de energia elétrica e os impactos percebidos pelas distribuidoras de eletricidade. Desta forma, os principais impactos econômico-financeiros decorrentes da expansão fotovoltaica são a redução de receita, aumento de custos, aumento de tarifa e influência na evasão de outros consumidores.

Esses fatores combinados podem acarretar em uma espiral da morte, ciclo de feedback positivo, no qual os clientes migram para à geração distribuída, causando um declínio acentuado na demanda de energia e aumento dos custos, associados a rede o que gera aumento nos preços de eletricidade no varejo, levando mais clientes à migrarem para reduzir seus custos com eletricidade.

Atualmente, foi firmada entre a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, a Centrais Elétricas de Carazinho S.A – Eletrocar e a Universidade Federal de Santa Maria – UFSM uma parceria P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) para uma melhor otimização das demandas de energia.

Foi observando as tendências de mercado que o coordenador Júlio previu que este seria um caminho sem volta, cada vez mais os clientes estão migrando para este tipo de serviço, o uso de sistemas fotovoltaicos, acaba compensando, por um lado pelos altos custos da energia elétrica no mercado cativo, e por outro, pela redução nos preços de sistemas fotovoltaicos, que apesar de ainda serem considerados altos, acabam compensando a longo prazo.

O coordenador Júlio explica que o impacto acumulado do fluxo de caixa das distribuidoras tende a chegar a R$ 1 bilhão em 2023, e que apesar de o setor elétrico já demonstrar preocupação quanto a esta questão, soluções regulatórias e tarifárias são vislumbradas em um futuro de médio a longo prazo, sendo necessária uma solução mais efetiva a curto prazo.

Para o professor Júlio a parceria com a FATEC contribui no desenvolvimento do projeto para garantir o correto cumprimento da legislação e as regulamentações relacionadas, assim como, auxiliar em todas as dúvidas e encaminhamentos de documentação necessários para o melhor gerenciamento administrativo dos recursos envolvidos.

Kelly Martini – MTb 137. 25
Assessora de Imprensa da FATEC

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