Projeto do Colégio Politécnico da UFSM através de inovação tecnológica busca atender as demandas da sociedade oportunizando melhores resultados ao Agronegócio
O projeto realizado pelo Colégio Politécnico de Santa Maria – UFSM é coordenado pelo professor Dr. Alencar Machado (sistemas de informação) em parceria com o professor Dr. Luiz Fernando Sangoi (medicina veterinária). O projeto intitulado “Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias Inovadoras Focadas no Agronegócio” tem como objetivo: estudar, projetar e desenvolver tecnologias com alto impacto de inovação, buscando a transferência de tecnologia para a cadeia do agronegócio. No primeiro módulo do projeto em desenvolvimento, busca-se também:
- Realizar estudos voltados ao agronegócio digital e seus potenciais de inovação;
- Identificar na cadeia produtiva do agronegócio lacunas que a tecnologia pode apoiar;
- Implementar softwares e dispositivos inteligentes apoiados na internet das coisas para gerar produtos inovadores que possam impactar na cadeia do agronegócio.
O professor Alencar explica que projetos de pesquisa stricto sensu em sua maioria buscam a geração do conhecimento, que na maioria das vezes, está desvinculado às demandas da sociedade. Essas pesquisas são geradoras de invenções e percebidas como necessidade a médio e longo prazo. O foco deste projeto é a pesquisa e a inovação o qual não necessariamente estejam ligadas à uma invenção aplicada. A inovação deve ter aplicação prática, possibilitando o emprego de recursos econômicos de uma forma ainda não efetivada. A inovação tem como principal referência, fazer com que a tecnologia chegue a sociedade, sendo desejável e realizável por empresas, que irão gerar empregos e impulsionar a economia.
Este projeto guarda-chuva, que abriga outros tantos, está focado em parcerias com o agronegócio buscando estudar e desenvolver tecnologias inovadoras com o intuito de transferir à sociedade. O agronegócio no Brasil, ao contrário da realidade dos demais setores industriais e terciários, desponta como um dos principais players do mercado global em referência à competitividade da sua produção, baseada no desenvolvimento científico e tecnológico.
A inovação que se desenvolve para as cadeias do agronegócio é diferente em virtude da necessidade de alta integração e consolidação de um sistema de inovação, em que a complexidade se apresenta em razão da diversidade e especificidade de conhecimento nas diferentes cadeias inclusas na agricultura e pecuária.
O agronegócio representa uma parcela significativa na economia do país. Segundo a CNA, em 2019 o “Agronegócio cresceu 3,8% e representa 21% do PIB brasileiro. Para ser efetivo, o agronegócio depende de uma série de fatores, tais como: máquinas e equipamentos; mão de obra qualificada; utilização de soluções tecnológicas de apoio; aplicação de insumos sofisticados. Atualmente, o que impulsiona a inovação no agronegócio é a área do agro 4.0, uma analogia a indústria 4.0 que tem como principal intenção a inclusão de metodologias e softwares de apoio à tomada de decisão com alto valor agregado. Este “novo agro” busca a inclusão de sistemas de automação, internet das coisas, realidade virtual, inteligência artificial, gestão de processos, entre outros, e busca por maior produtividade e solidez para o agronegócio.
O professor e coordenador Alencar Machado explica o que ocorreu durante o encontro do Conselho Técnico Operacional da Suinocultura – CTOS do Fundo de Desenvolvimento e Defesa de Sanidade Animal – FUNDESA, onde foram tratados assuntos referentes ao módulo Sistema de Biosseguridade Sanitária e Ambiental para Suínos e Aves da Plataforma de Defesa Sanitária Animal. O professor comentou que o módulo recebeu sugestões dos integrantes do Programa Nacional de Sanidade Suídea, da Secretaria e do Ministério da Agricultura, que integram o CTOS. O objetivo do módulo é registrar informações de Controle Sanitário e Ambiental em granjas. O processo começa com a identificação da propriedade, incluindo informações de georeferenciamento, preenchimento de um checklist com medidas de biosseguridade, controle de acesso, cercamento das instalações, além dos sistemas ligados a questões ambientais como origem e uso da água e manejo de dejetos e resíduos orgânicos. A ferramenta será utilizada pelos responsáveis técnicos das granjas para controle das medidas referendadas, permitindo a adoção de modelos de compartilhamento. Na ocasião da reunião estiveram reunidos o diretor do Politécnico, professor Valmir Aita, o professor Luiz Fernando Sangoi parceiro deste projeto e Paulo Henrique Souza e Silva da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural – Divisão de Defesa Sanitária Animal – DSA.
Os professores ressaltam que a parceria com a FATEC tem contribuído muito no desenvolvimento do projeto, pois ela tem como responsabilidade a parte administrativa enquanto os integrantes permanecem dedicados integralmente ao projeto.
Kelly Martini – MTb 137.25
Assessora de Imprensa da FATEC