O projeto “RETENÇÃO DE ÁGUA E QUALIDADE FÍSICO-HÍDRICA DE SOLOS EM ÁREAS IRRIGADAS NO BRASIL”, é coordenado pela engenheira agrônoma, professora Dra. Mirta Teresinha Petry do Departamento de Engenharia Rural do Centro de Ciências Rurais – CCR da UFSM.
A professora Mirta explica que o objetivo do projeto é a prestação de serviço relativa à caracterização físico-hídrica em agricultáveis, com foco em áreas irrigadas do Brasil, com vistas a avaliar a qualidade físico-hídrica desses solos, a partir de índices indicadores da qualidade do solo, através da descrição dos limites considerados críticos ao desenvolvimento das plantas. A professora Mirta explica que o objetivo do projeto é a prestação de serviço relativa à caracterização físico-hídrica em agricultáveis, com foco em áreas irrigadas do Brasil, com vistas a avaliar a qualidade físico-hídrica desses solos, a partir de índices indicadores da qualidade do solo, através da descrição dos limites considerados críticos ao desenvolvimento das plantas.
O estudo visa, também, promover uma base de informações para orientar a tomada de decisões relativas ao manejo dessas áreas e propiciar informações para um melhor manejo dos solos e, principalmente, da água da irrigação, visando evitar a degradação dos solos, aumentarem o rendimento das culturas e promover a sustentabilidade dos sistemas agrícolas irrigados. A criação de uma base de dados digital das principais propriedades desses solos também é uma das metas do projeto. Dessa forma, mapas digitais dos solos das principais regiões que englobam o projeto serão gerados, disponibilizando essas informações aos estudantes de escolas técnicas, cursos de agronomia e afins, técnicos e extensionistas, e produtores rurais, que queiram utilizar as informações para realização de projetos agrícolas e ou na gestão da propriedade como um todo.
Segundo a coordenadora e professora Mirta, os solos apresentam aspectos físicos, químicos e biológicos que podem ser utilizados para avaliar a degradação ou melhorias em suas capacidades funcionais de manutenção dos sistemas agrícolas, além de avaliar a aplicabilidade de métodos de manejo para o uso sustentável do solo. A qualidade física de um solo é manifestada de várias formas: infiltração deficiente de água, escoamento superficial, aeração deficiente, elevada resistência à penetração e desenvolvimento radicular. Com isso, muitas vezes, os solos apresentam todos esses sintomas simultaneamente, em função de sua baixa qualidade estrutural. No Brasil, as regiões: sul, centro-oeste, sudeste e parte do nordeste são responsáveis por praticamente toda da produção agrícola, apresentando em sua grande extensão de terras agrícolas, solos intensamente manejados, sejam pelo preparo do solo ou tráfego de implementos durante a colheita. Estes mecanismos vêm ocasionando impactos na estrutura do solo, principalmente compactação, desestruturação de partículas e agregados, redução da porosidade, etc., além de afetar diretamente a capacidade de armazenamento e retenção de água. Segundo a professora Mirta, o conhecimento das propriedades físico-hídricas de solos irrigados sob diferentes usos e manejos em diferentes regiões do Brasil irá fornecer subsídios para a compreensão dos processos de degradação desses solos, contribuindo para a adoção de técnicas de manejo que visem à preservação desses recursos naturais. Comparações entre efeitos dos sistemas de manejo associadas ou não as práticas de irrigação têm sido abordadas na literatura e demonstram alterações nos atributos físicos do solo ocasionados pelas diferentes formas de cultivo.
Contudo, a literatura brasileira é repleta de informações com estudos sobre qualidade física de solos, entretanto, poucos desses apresentam informações pontuais e ou estabelecimento de índices que descrevam os reais efeitos das condições estruturais nos sistemas agrícolas. Assim, disponibilizar um laboratório da UFSM para prestar à agricultura informações sobre os solos de sua propriedade, como textura, porosidade e graus de compactação, irão fornecer subsídios para a melhoria do sistema de produção, visando sua sustentabilidade.
A professora Mirta comenta que a parceria com a FATEC proporciona visibilidade à UFSM, permitindo que a sociedade e o setor produtivo tenham acesso às informações geradas dentro dos laboratórios de ensino, pesquisa e extensão da UFSM, possibilitando a realização deste projeto em toda integra.
Matéria elaborada pela jornalista Kelly Martini