O Grupo de Estudos e Pesquisas em Pavimentação e Segurança Viária GEPPASV – UFSM – Petrobras – FATEC busca resultados sobre os processos de envelhecimento das rodovias em todo Brasil.
O “Projeto de Pesquisa Laboratorial e de Campo do Efeito da Reologia de Misturas Asfálticas no Desempenho de Pavimentos e suas Aplicações no novo Método de Dimensionamento Brasileiro” é coordenado pelo engenheiro civil, professor Dr. Deividi da Silva Pereira do Grupo de Estudos e Pesquisas em Pavimentação e Segurança Viária – GEPPASV do Centro de Tecnologia CT – UFSM, com o objetivo de pesquisar os efeitos da reologia de misturas asfálticas sobre o desempenho de pavimentos transpondo o conhecimento adquirido ao novo método de dimensionamento brasileiro.
Para entender melhor o que é Reologia – No asfalto, a reologia é o estudo do comportamento dos materiais (os componentes do asfalto) em diferentes ambientes e condições climáticas, suas deformabilidades e variações in natura, quando estes são solicitados por diferentes magnitudes de cargas (tráfego de veículos pesados nas rodovias).
Equipe do Grupo de Estudos e Pesquisas em Pavimentação e Segurança Viária – GEPPASV – Laboratório de Pavimentação UFSM
São objetivos do projeto
- Estudar o comportamento químico de distintos ligantes e misturas asfálticas em utilização no Brasil;
- Estabelecer um estudo piloto para as correlações existentes entre as transformações químicas e propriedades reológicas de ligantes submetidos ao envelhecimento oxidativo;
- Ampliar o número de trechos monitorados;
- Dar continuidade à avaliação estrutural e funcional dos segmentos monitorados a fim de alimentar o banco de dados da rede telemática de asfalto, contribuindo para a calibração dos modelos de desempenho empregados no método de dimensionamento MeDiNa (novo método de dimensionamento de pavimentos nacionais);
- Caracterizar os solos e bases granulares regionais em relação à deformação permanente;
- Estudar a dosagem e o comportamento de bases cimentadas para melhor avaliar seu emprego em pavimentos nacionais;
- Aprofundar estudos acerca da deformação permanente em misturas asfálticas com foco no ensaio de flow-number e monitoramento em campo;
- Estudar o desempenho de pavimentos nacionais quanto à irregularidade longitudinal, importante aspecto relativo ao conforto dos usuários e que guarda relação direta com os custos de manutenção veicular e consumo de combustível dos veículos que circulam nestas rodovias;
Atualmente implantadas em larga escala no país, com a contribuição da UFSM/ GEPPASV. O projeto observa as análises que são baseadas em avaliações do comportamento mecânico de misturas asfálticas por ensaios de compressão diametral, tanto para a determinação do módulo de resiliência quanto para a caracterização do desempenho relacionado à resistência ao dano por fadiga. A versão beta do nível A do SISPAVBR foi disponibilizada no início de 2016.
O coordenador explica que o novo método de dimensionamento de pavimentos asfálticos encontra-se definido em seu nível A, que contempla as técnicas de ensaios inicialmente desenvolvidas na COPPE. Também há outras instituições engajadas no projeto tais como: USP, UFC – Universidade Federal do Ceará, UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e a UFSM, junto está a North Carolina StateUniversity – USA. Oportunidade esta de internacionalização de nossos grupos de pesquisa e, enfatiza o professor, por conseguinte, a multidisciplinaridade da pesquisa que recebe um forte e indispensável apoio da equipe do Laboratório de Análises Químicas – LACHEM, junto dos professores Dr. Paulo Nascimento e Dr. Leandro Carvalho que também falou sobre a parceria. O professor Leandro explica que o LACHEM estuda a caracterização de ligantes asfálticos oriundos de diversas refinarias do país e também, o envelhecimento destes ligantes asfálticos e a relação que essas variações químicas têm com a reologia a partir de análises químicas de compostos de enxofre (S), alguns metais e hidrocarbonetos aromáticos. Ele ainda comenta a participação de alunos de graduação, mestrado e doutorado dos cursos de Bacharelado em Química, Química Industrial, Química Licenciatura, Engenharia Química e Farmácia da UFSM nas metodologias desenvolvidas no projeto. Lembrando que o há o intenso e primordial envolvimento dos alunos do curso de graduação em engenharia civil, e alunos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenahria Civil – PPGEC.
Além de a UFSM/GEPPASV/LACHEM dispor de apropriada infraestrutura laboratorial, em grande parte viabilizada pela parceria de pesquisa com a Petrobras/ANP em projetos passados, e do corpo técnico devidamente capacitado para a realização da presente pesquisa, destacam-se os seus estudos recentes em todos os itens mencionados desde pesquisas de modelagem do comportamento reológico de misturas asfálticas, bem como, os avanços na compreensão da mecânica de pavimentos e avaliações funcionais e estruturais dos mesmos, conforme trabalhos já apresentados ao meio técnico. O coordenador Deividi enfatiza o grande efeito que a pesquisa vem trazendo ao longo de seu trabalho. A parceria, iniciada em 2011, tem trazido excelente retorno à sociedade, através da formação de recursos humanos, da aquisição de equipamentos e da transferência de tecnologia. O coordenador enfatiza também, o indispensável e essencial apoio que o grupo vem recebendo, ao longo dos anos, da Administração Central da UFSM e do Centro de Tecnologia.
Por fim, o coordenador salienta que os resultados positivos alcançados até agora só foram viabilizados pelo sinergismo existente entre os entes envolvidos, não podendo esquecer a importância de todos os membros dos grupos de pesquisas envolvidos, LACHEM e GEPPASV, que por sua total e irrestrita dedicação e desprendimento à construção dos saberes em conjunto, efetivam a edificação do conhecimento, transformando as barreiras existentes em incentivos para que a Pesquisa e a Inovação Tecnológica no Brasil tenham uma identidade. Ainda, o professor Deividi comenta e enfatiza a importância da FATEC no desenvolvimento do projeto por ser o facilitador do processo, operacionalizando atividades e permitindo maior celeridade aos processos inerentes ao desenvolvimento científico e tecnológico dos Grupos.
Kelly Martini – MTb 137.25
Assessora de Imprensa da FATEC