O projeto “Práticas agronômicas de manejo e conservação do solo como alternativas para desenvolvimento do agronegócio, segurança alimentar e empregabilidade na agricultura” está sob a coordenação do engenheiro agrônomo, professor Dr. Cleudson José Michelon e foi um dos projetos selecionados no edital do Programa de Residência Profissional Agrícola, promovido pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A proposta do projeto tem como objetivo fortalecer a formação profissional dos residentes por meio da aproximação do universo acadêmico com a realidade profissional, para favorecer a inserção dos profissionais no mercado de trabalho e contribuir para o desenvolvimento do agronegócio regional e propiciar segurança alimentar brasileira.
O professor Cleudson salienta que a realização do projeto visa qualificar profissionais de nível técnico e superior para atuar nas demandas do setor agropecuário, oportunizando o contato com o mercado de trabalho em cooperativas, empresas de assistência técnica e propriedades rurais, assim como estimular a produção nas unidades residentes por meio do fomento a utilização de técnicas de manejo da fertilidade e conservação dos solos, com vistas à obtenção do equilíbrio ambiental e sustentabilidade dos sistemas agropecuários.
O programa visa ampliar a interação entre o IFFar e a matriz produtiva regional, onde o mercado de trabalho se beneficia por receber esses jovens aprendizes sob orientação e a instituição se beneficia pelo levantamento a campo das demandas produtivas regionais, podendo fazer alterações e adaptações nos seus cursos, se mantendo atualizada.
O projeto se desenvolve no campus São Vicente do Sul do Instituto Federal Farroupilha, com sede no município de São Vicente do Sul, localizado na região central do estado do RS. O campus foi criado em 17 de novembro de 1954 e, desde sua implantação, atua na formação de profissionais na área agropecuária.
Nesta área, são ofertadas anualmente, 35 vagas no curso técnico em Agricultura, 35 no curso técnico em Zootecnia, 120 vagas no curso técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio e 40 vagas no curso de Agronomia. A inserção bem-sucedida destes profissionais no mercado de trabalho é uma etapa que está sendo consolidada e será beneficiada pelo programa de residência profissional.
Conforme explica o professor e coordenador Cleudson, a região central do RS possui economia movida essencialmente pela atividade agropecuária, com destaque para produção de grãos e bovinocultura de corte. Especificamente, na produção de grãos, destacam-se, como culturas de verão, a soja com aproximadamente 450 mil hectares de área plantada, e o arroz com cerca de e 200 mil hectares. Já no inverno, temos a implantação de culturas como aveia e azevém utilizadas para pastejo em sistemas de integração lavoura – pecuária, além do cultivo de trigo e canola (Emater, 2020).
Mesmo que haja esta forte inserção do agronegócio na economia, dados do censo agropecuário indicam que no RS, entre os anos de 2010 e 2017, houve redução de mais de 4% na população jovem do meio agrícola (IBGE, 2017).
O professor explica que os motivos apontados para esta redução foram a falta de estímulos, como formação qualificada, bem como as baixas perspectivas de empregabilidade e renda. O projeto prevê a alocação de 10 residentes em unidades produtivas da região central do estado do RS para que, por meio do contato direto com a realidade profissional, com orientação e supervisão técnica, possam fortalecer sua formação profissional e humana e, com isso adquirir uma formação mais sólida para o exercício profissional.
Além disso, espera-se contribuir para o desenvolvimento do agronegócio da região central do RS por meio da atuação técnica e próxima dos residentes junto aos produtores. Conforme destaca o professor Cleudson, os residentes vivenciarão o dia-a-dia das unidades residentes e poderão contribuir com seu conhecimento técnico e aprender com a vivência profissional. O resultado disso serão profissionais melhor qualificados para atuar e contribuir com o desenvolvimento da agricultura brasileira.
Para o professor e coordenador do projeto, a FATEC possui fundamental importância pois realiza a gestão dos recursos financeiros do projeto.
Kelly Martini – MTb 137.25
Assessora de Imprensa da FATEC