O projeto “PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS VISANDO A OBTENÇÃO DE PRODUTOS DE ALTO VALOR AGREGADO” é coordenado pelo engenheiro químico, professor Dr. Eduardo Hiromitsu Tanabe do Laboratório de Processos Ambientais (LAPAM) do Departamento de Química da UFSM. O professor coordenador Eduardo explica que o projeto pretende além de realizar a revisão bibliográfica e de patentes, assim evitando o desperdício de tempo, com investigações desnecessárias; busca desenvolver processos para obtenção de produtos com alto valor agregado, ou seja, a partir do refino destes produtos serão obtidos subprodutos com valores mais elevados, estes serão originados e retirados a partir de diversos resíduos obtidos na indústria.
Como exemplo de resíduo, em destaque, estão os resíduos do processamento da madeira de eucalipto (serragem). A serragem pode ser convertida em produtos sólidos como o (carvão), líquidos (bio-óleo) e gasosos utilizando os métodos termoquímicos (pirólise). A pirólise ocorre em uma atmosfera inerte e com temperatura, amplamente utilizada para converter biomassa em biocombustíveis.
O carvão é um combustível sólido utilizado para fins de aquecimento e que tem sido produzido a partir de resíduo da madeira. O professor Eduardo explica que para que se tenha um carvão de qualidade, é necessário que este apresente um elevado teor de carbono fixo e reduzido teor de cinzas e materiais voláteis. Essas características, ajudam a garantir um maior valor de aquecimento do carvão vegetal, bem como, elevar o seu tempo de queima total.
Estudos mostram que o carvão produzido na pirólise pode ser aplicado na produção de briquetes, bem como, na produção de carvão ativado.
Segundo o professor Eduardo outro produto em destaque é o bio-óleo, também referido como óleo de pirólise, que é uma mistura líquida, escura, orgânica de fluxo livre, que geralmente contém uma grande quantidade de água (geralmente 15-35%) e centenas de compostos orgânicos. Os bio-óleos podem ser aplicados como combustíveis na geração de eletricidade e calor em caldeiras, fornos, motores a diesel e turbinas a gás.
Por fim, o gás de pirólise pode ser aplicado com o uso direto para produção de calor ou eletricidade (por exemplo, combustão de gás em motores de ignição) ou na produção de componentes individuais de gás, incluindo CH4 (metano), H2 (hidrogênio) ou outros voláteis. Em algumas aplicações, o gás pirolítico quente pode ser usado para pré-aquecer o gás inerte de arraste ou pode ser retornado ao reator de pirólise como gás de arraste.
Sendo assim, este projeto desenvolverá processos que serão capazes de transformar um resíduo com baixo valor agregado em produtos com alto valor de mercado a partir de resíduos industriais, com isto, o professor Eduardo frisa que, “a Fatec representa grande importância no desenvolvimento da pesquisa sempre auxiliando na gestão dos recursos financeiros captados pela UFSM, através de uma equipe qualificada e prestativa”.
Kelly Martini – MTb 137. 25
Assessora de Imprensa da FATEC