O projeto “Potencial de Interferência de Plantas Daninhas em Culturas: Fitossociologia, Competitividade, Perda de Produtividade, Resistência a Herbicidas e Manejo Integrado” é coordenado pelo engenheiro agrônomo, professor Dr. André da Rosa Ulguim e tem como objetivos:
a) avaliar o efeito competitivo de plantas daninhas em culturas agrícolas com base na fitossociologia e fatores que interferem na competitividade, e determinar fatores relacionados ao manejo integrado e à resistência aos herbicidas;
b) avaliar o efeito competitivo de plantas daninhas em culturas agrícolas e determinar fatores relacionados à resistência aos herbicidas;
c) determinar a habilidade competitiva de plantas em situação de convivência. – definir os fatores que interferem na comunidade de infestantes nos cultivos agrícolas, por meio de avaliações da fitossociologia dos vegetais;
d) determinar a perda de produtividade devido à competição com diferentes populações de plantas daninhas bem como períodos diversos de competição;
e) identificar a ocorrência de resistência de plantas daninhas a herbicidas;
f) determinar práticas de manejo adequadas para o manejo da resistência a herbicidas;
O professor André justifica o projeto explicando inicialmente que vários são os fatores que interferem na produtividade da cultura, destacando-se a competição com plantas daninhas. A competição com plantas daninhas é atualmente um dos maiores limitantes à produtividade das culturas, podendo provocar prejuízos superiores a 90%, dependendo da espécie, população de plantas e duração do período competitivo. Esta competição ocorre quando ao menos um dos recursos essenciais ao seu desenvolvimento e crescimento encontra-se em quantidade limitada para atender às necessidades de todos os indivíduos presentes no meio, o que pode ocasionar perdas irreversíveis, não havendo recuperação do desenvolvimento ou da produtividade após a retirada do estresse causado pela presença das plantas daninhas. Esses efeitos podem ser expressos em alterações morfofisiológicas nas plantas, as quais comprometem o desenvolvimento de estruturas reprodutivas, refletindo na redução da produção de grãos. Portanto, as características de crescimento das plantas podem relacionar-se com a habilidade competitiva, pela capacidade de proporcionar a captura dos recursos do meio mais rapidamente.
De acordo com os preceitos do manejo integrado de plantas daninhas, o conhecimento da habilidade competitiva dessas espécies auxilia na previsão das perdas das culturas. O grau de interferência das plantas daninhas é variável e depende da intensidade da competição. Assim, os estudos sobre competição entre plantas daninhas e as culturas, visam a definição da habilidade competitiva dos indivíduos, que consequentemente irá determinar ou definir os períodos críticos de interferência. Desta forma, o conhecimento dos fatores que determinam a interferência de plantas daninhas em culturas é importante para a determinação das práticas de manejo adequadas às culturas. A escolha das práticas de manejo de plantas daninhas em culturas é decorrente da dinâmica desses organismos em culturas e das mudanças relacionadas aos métodos de manejo.
O professor Ulguim relata que a FATEC é imprescindível para a realização do projeto permitindo segurança jurídica e da gestão financeira, garantindo o foco dos participantes na geração de informações de qualidade. Assim, os resultados práticos do projeto poderão ser utilizados diretamente pelos interessados: o setor produtivo brasileiro.
Kelly Martini – MTb 137.25
Assessora de Imprensa da FATEC