O projeto “Estudo da Qualidade Física e Fisiológica de Sementes e Espécies Agrícolas Utilizadas no Estado do Rio Grande do Sul” é coordenado pelo engenheiro agrônomo, professor Dr.Rogério Luiz Backes do Departamento de Fitotecnia – FTT do Centro de Ciências Rurais da UFSM. O professor Rogério que neste momento está à frente do projeto salienta que o objetivo do estudo é:
- Caracterizar a qualidade física e fisiológica das sementes das principais espécies agrícolas utilizadas pelos produtores rurais no RS;
- Determinar o teor de água, a viabilidade pelo teste de tetrazólio, o número de outras sementes e a percentagem de pureza física de germinação das amostras de arroz; soja; azevém; trigo; aveia (branca e preta);
Segundo o coordenador professor Rogério o projeto se justificativa devido à obtenção de elevada produtividade, fundamental para a rentabilidade do agricultor, que é influenciada por inúmeros fatores em uma lavoura. A qualidade física e fisiológica da semente utilizada na semeadura é um dos principais fatores. Desses atributos da semente, depende fundamentalmente o estabelecimento de um estande ideal de plantas, bem como a expressão do seu potencial genético. Entre os parâmetros mais relevantes, são considerados os de natureza genética, física, fisiológica e sanitária, os quais vem sendo avaliados de maneira integrada, o que propicia o conhecimento do potencial de utilização de um lote de sementes, ou seja, a sua utilização ou rejeição para fins de semeadura.
A utilização de sementes de alta qualidade fisiológica se justificada em todas as culturas, para assegurar adequada população de plantas sobre uma ampla variação de condições ambientais de campo, encontradas durante a emergência e possibilitar aumento na produção, quando a densidade de plantas é menor que a requerida.
O uso de sementes de baixa qualidade pode provocar reduções na velocidade de emergência, na uniformidade, na emergência total, no tamanho inicial e no estabelecimento de estandes adequados, fatores esses que podem influenciar o acúmulo de matéria seca e desta forma afetar o rendimento.
A qualidade física da semente engloba não apenas a sua aparência e integridade, mas, também, seu grau de contaminação com sementes de outras espécies e com material inerte, assim como: terra, fragmentos de plantas e sementes. Os principais atributos da qualidade física das sementes incluem pureza física, umidade, danificações mecânicas, peso volumétrico, massa de mil sementes e aparência. As metodologias para a determinação da qualidade física e fisiológica de sementes estão referenciadas nas Regras para Análise de Sementes. E o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA é quem publica, atualiza, habilita e fiscaliza a produção, comércio e a análise de sementes no Brasil.
O LAS – Laboratório de Análise de Sementes – UFSM está credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desde 1979 para a determinação da qualidade física e fisiológica de sementes das principais espécies, agrícolas, olerícolas e forrageiras. Atualmente o LAS analisa mais de 2 mil amostras de sementes por ano, oriundas de todas as regiões do estado, principalmente da região central e fronteira oeste. Por meio das análises de rotina, o LAS organiza os resultados e informa a qualidade das sementes das referidas espécies, auxiliando na tomada de decisões do comércio e da pesquisa em sementes, além de orientar os produtores rurais e responsáveis técnicos nas mais variadas situações de implantação das lavouras, reduzindo riscos provenientes do uso de sementes de baixa qualidade ou de qualidade desconhecida.
O professor coordenador Rogério conta com a participação e auxílio do Técnico em Administração Educacional – TAE, o engenheiro agrícola Nilson Mattioni, responsável técnico pelo Laboratório de Análises de Sementes – LAS e conta também com a Técnica Administrativa – TAE, a bióloga Nicéia Calgaroto que é gerente de qualidade do laboratório. Os profissionais envolvidos no projeto enfatizam a importância do Laboratório na semana em que completa seus 40 anos de funcionamento, (24.10.1979), sobre o tanto que tem contribuído através do comprometimento com o desenvolvimento da pesquisa no setor e com a atenção aos produtores e empresas que podem contar com todo aporte estrutural do LAS.
O coordenador professor Rogério comenta o resultado da parceria da FATEC no projeto, ele enfatiza que a Fundação exerce papel fundamental para a execução e viabilidade do atendimento ao público do LAS, que é composto por mais de mil clientes entre agricultores e empresas. Desta forma a equipe técnica do laboratório pode manter o foco na rotina. A possibilidade de participação de discentes como bolsistas tem sido uma importante oportunidade de treinamento na análise de sementes e na gestão de qualidade, o que torna a experiência muito enriquecedora.
Kelly Martini – MTb 137.25
Assessora de Imprensa da FATEC